Depois de se esbaldarem com o Risoto de Cenoura Roxa, Gus e Hazel se deliciam com o Crémeux rodeado de maracujá.
Presente no livro “A Culpa é das Estrelas”, de John Green, esta receita é simples e tem um toque de sofisticação. Afinal, tem coisa mais chique do que falar “Crémeux”?
Como prometido, eu também fiz a receita da sobremesa do jantar de Hazel e Gus em Amsterdã. Fica um delícia. Receitinha que vou fazer sempre que puder para receber amigos e família. Garanto que você também vai gostar! 🙂
O Crémeux rodeado de maracujá
O Crémeux aparece na obra assim que Hazel e Gus chegam a Amsterdã. O escritor Peter Van Houten oferece um jantar para o casal no restaurante Oranjee. O jantar consiste em champanhe à vontade, aspargos brancos com infusão de lavanda como entrada, risoto de cenoura roxa, sorbet de ervilha-de-cheiro, nhoque de alho verde com folhas de mostarda vermelha e como sobremesa, o crémeux rodeado de maracujá.
"Ambos estávamos totalmente satisfeitos, mas a sobremesa - um opulento e suculento crémeux rodeado de maracujá - era boa demais para não provarmos pelo menos um pouquinho. Então protelamos o pedido por um tempo, tentando ficar com fome de novo".
No livro, a cena do restaurante Oranjee acontece numa mesa a céu aberto, de frente para os famosos canais de Amsterdã. Já no filme, a cena foi levada para dentro.
Para o jornal Huffington Post, a desenhista do filme Molly Hughes disse que as filmagens aconteceram em outubro, época do ano que está muito frio e chovendo em Amsterdã. E este não seria o clima nem um pouco agradável para um jantar romântico. Por isso, o interior do restaurante foi criado em um estúdio em Pittsburgh, nos Estados Unidos.
No livro, os dois adolescentes são de Indianapolis, mas o filme foi gravado no estado da Pensilvânia, na cidade Pittsburgh. Isso porque a Pensilvânia tem um projeto de abatimento fiscais para os filmes gravados por lá.
Sabe a cena em que Gus leva Hazel para a obra de arte “Funcky Bones”? No livro, esta passagem acontece em Indianopolis porque a obra está exposta no Museu de Arte. Os produtores do filme encomendaram uma réplica fiel para ser colocada em Pittsburgh.
No livro não há pistas sobre do que é feito o doce. Mas, segundo minhas pesquisas na internet, a sobremesa francesa consiste em tornar o creme o protagonista do prato. É comumente confundido com o mousse. Na verdade, o crémeux não tem a estrutura arejada do mousse e é mais corpulento. Dá para fazer a receita de diversas formas, com limão, mel, morango. Eu optei pelo crémeux de chocolate.
– 1 lata e 1/2 de creme de leite
– 1 xícara e 1/2 de leite integral
– 5 gemas
– 1 xícara de açúcar
– 2 colheres chá de sal
– 1 barra de chocolate meio amargo
– 2 maracujás
Bata em uma tigela as gemas, 1/2 xícara de açúcar e o sal.
Enquanto isso, coloque o creme de leite para ferver.
Misture o creme de gemas ao creme de leite quente na panela.
Cozinhe a mistura em fogo baixo até o creme engrossar.
Desligue o fogo.
Adicione o chocolate picado no creme quente e deixe-o derreter. Depois de derretido, misture o creme até ficar bem homogêneo.
Coloque o doce em uma tigela de vidro e cubra com papel filme.
Leve até a geladeira por, pelo menos, 6 horas.
Em “A Culpa é das Estrelas”, o doce foi servido com maracujá ao redor.
Por isso, leve ao fogo a polpa dos maracujás com 1/2 xícara de açúcar. Deixe ferver e o caldo está pronto.
Você também pode servir com chantilly ou sorvete de creme. Deve ficar uma delícia, porque o creme de chocolate não fica tão doce, por causa do chocolate amargo.
Duro é lembrar da história de amor entre Gus e Hazel enquanto comemos o creme.
Bom, nada como um bom chocolate corpulento para nos acompanhar numa bela história de amor, não? <3