Mas, Denise, como você sabe tudo isso se o leite aparece uma única vez na franquia de filmes?

Porque Star Wars ganhou um universo expandido e também virou diveeeersos livros. Ao longo dessas obras,, o Leite Azul é citado algumas vezes.

A receita original, vendida na Disney, é preparada com leite de coco, sorvete e corante azul. Porém, eu dei uma incrementada com frutas, já que, como disse, é um leite nutritivo.

LEIA TAMBÉM:

Sopa de Tomate de O Iluminado

Sobre alimentar o espírito (com cocadas)!

Leite Azul de Star Wars

Ingredientes

Para corante natural
2 repolhos médios
1 colher se sopa de bicarbonato de sódio

Modo de Preparo

ferva os dois repolhos picados em água até que reste uma água roxa muito forte. Separe só a água e acrescente a colher de sopa de bicarbonato de sódio.

Opção 2: 1 colher de chá de espirulina azul

Para o leite azul:

1 banana picada
1 xícara de mirtilos
2 copos de leite de amêndoas
2 colheres de sorvete de creme
1 colher de chá de corante azul artificial ou o natural ou 1 colher de chá de espirulima azul

Modo de Preparo

Use a força, ou o liquidificador, para misturar todos os ingredientes e aproveite!

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Que a força esteja com você!

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NÃO ENTRE EM PÂNICO!

A receita no livro do Douglas Adams é feita com ingredientes um tanto… er… inusitados. Só para você ter ideia, olha só a receita da bebida na galáxia:

2 partes de aguardente Janx
1 parte de água dos mares de Santragino V
3 cubos de mega-gim arturiano na mistura
3 partes de metano dos pântanos de Fália
1 dose de extrato de Hipermenta Qualactina
1 dente de tigre-do-sol algoliano
1 pitadinha de zânfuor
1 azeitona
1 limão para decorar

A minha versão é um pouco mais leve. E eu tentei humildemente trabalhar as cores da galáxia. E, claro, usei ingredientes um pouco mais fáceis de encontrar.

CONFIRA TAMBÉM:

Torta de Mirtilo de O Amor é Fogo

Sopa de Tomate de O Iluminado

Dinamite Pangaláctica

Ingredientes (terráqueos)

50 ml de xarope de groselha
50 ml de suco de pêssego
Uma misturinha de 25 ml de curaçau blue e 25 ml de vodca
50 ml de leite de coco
Algumas gotinhas de Cointreau

Modo de Preparo

É importante que os ingredientes sejam colocados nessa ordem, porque a densidade das bebidas é que fará com que elas não se misturem. Comece pelo xarope de groselha. A partir daí coloque muito lentamente e com muito cuidado cada um dos ingredientes deixando-os cair na taça pela parte de trás de uma colher. Isso serve para formar as camadas. E agora sim, aproveite!

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E lembre-se: a resposta para tudo é 42.

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A primeira vez que me deparei com a cerveja amanteigada,  no livro “O Prisioneiro de Azkaban”, me perguntei: o que diacho é isto? Lembro mesmo de ter questionado as pessoas ao meu redor… Isto existe? Na época não existia, mas esta curiosidade levou diversas pessoas ao redor do mundo a criarem suas próprias receitas daquela iguaria que J.K. Rowling havia inventado. Por isso, hoje eu trouxe 3 receitas simples da Cerveja Amanteigada!

A controvérsia logo começou. Afinal, a cerveja amanteigada do Harry Potter tem álcool? Segundo a escritora, não tem. Ela logo veio a público e disse que havia imaginado uma bebida feita de caramelo. Mas os críticos de plantão não deixaram barato. Ora, incitar a bebida alcoólica em um livro infanto-juvenil?

Teve mesmo quem pegou pesado na crítica, como foi o caso da jornalista Tara Parker-Pope no artigo “Harry Potter e a Dose de Coragem Líquida” no jornal The New York Times. (Você pode ler – em inglês – aqui).

Aprenda a fazer o Leite Azul de Star Wars!

Lembra do bolão de chocolate da Matilda? Que tal fazer essa receitinha com muuuito chocolate? 

Já que você gosta de Cerveja Amanteigada, que tal um Milk Shake de Cerveja Amanteigada? Delicioso! Aprenda a fazer aqui!

A Cerveja Amanteigada

Há algumas pistas nos livros que despertam a nossa desconfiança. Por exemplo, o Antunes Filho, um leitor aqui do blog, me lembrou de uma passagem curiosa presente no livro “O Cálice de Fogo”. Vocês se lembram da elfa Winky?

Ela trabalhou durante anos com a família Crouch e foi demitida. Deprimida, ela começa a entornar muitas garrafas de cerveja amanteigada. O simpático Dobby comenta o caso com Harry Potter.

- Winky está entornando seis garrafas por dia agora - Dobby cochichou a Harry.
 - Bem, não é uma bebida muito forte - ponderou Harry.
 Mas Dobby sacudiu a cabeça.
 - É forte para um elfo doméstico, meu senhor.
 Winky soltou outro soluço. Os elfos que tinham trazido as bombas de creme lançaram
a ela um olhar de censura antes de voltarem aos seus afazeres.

Além disso, a bebida é descrita como um líquido que esquenta de dentro para fora. Fica a pergunta: esquenta porque é uma bebida quente ou esquenta porque é uma bebida alcoólica?

Com ou sem álcool, a cerveja amanteigada do Harry Potter despertou a curiosidade dos fãs. Logo, o parque Universal Studios, em Orlando, começou a vender a iguaria (A caneca custa $8,50 e o copo custa $4,50). Uma espécie de refrigerante de caramelo em versões quente e gelada.  Se um dia você for para Londres, na Inglaterra, você pode visitar os estúdios de Harry Potter e aproveitar para tomar a cerveja amanteigada por lá. O copo pequeno custa 3 libras.

Se a sua curiosidade não aguentar até as próximas férias, veja abaixo três 3 receitas simples da Cerveja Amanteigada do Harry Potter!

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 Depois que fizer as receitas me conta qual é a sua preferida?

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Está procurando algo além das receitas simples da Cerveja Amanteigada? Esta e outras receitinhas estão presente no livro do Capitu Vem Para o Jantar que você pode comprar aqui. E se quiser saber mais sobre a obra, veja este post aqui.

Até a próxima receitinha!

<3

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Truman Capote é conhecido como um dos mais importantes expoentes do Novo Jornalismo, gênero de reportagem que estreita a relações com a literatura. Por esta razão, ele também é chamado de Jornalismo Literário. Antes de te dar a receitinha do drink Screwdriver, vou falar mais dele adiante. E se quiser saber mais, assiste o vídeo do canal do Capitu no YouTube!

A primeira obra considerada jornalismo literário é “Hiroshima”, de John Hersey. Trata-se de um artigo que descreve como os bombardeios em Hiroshima e Nagasaki afetaram a vida dos moradores dessas duas cidades. O artigo foi lançado em 1946 e ganhou o Prêmio Pullitzer de ficção. Foi só nos anos 60 que este novo gênero se consolidou com o lançamento do livro “A Sangue Frio”, do Truman Capote.

Truman Capote era conhecido como um cara compenetrado, egocêntrico e determinado. Ele mesmo se descreveu como “um alcoólatra, um viciado em drogas, um homossexual. Um gênio”. Enquanto escrevia “A Sangue Frio”, Capote disse que estava escrevendo o livro de não-ficção da década. Foi assim que aconteceu: em 1959 ele leu um artigo no jornal New York Times sobre o assassinato da família Clutter, que aconteceu em Kansas, no Estados Unidos, se interessou sobre a tragédia e acompanhou detalhes da investigação, entrevistando moradores e envolvidos no caso durante seis semanas.

Truman publicou “A Sangue Frio” em quatro partes no jornal The New Yorker. Tratava-se de uma reportagem eletrizante e envolvente e um incrível perfil psicológico dos assassinos. A história depois virou livro e causou uma revolução nas redações.

E se você quer saber mais, recomendo o filme “Capote”, de 2006 e protagonizado por Philip Seymour Hoffman, papel que lhe rendeu o Oscar de Melhor Ator.

Mas, afinal, e o drink Screwdriver?

Bom, eu disse que iria falar sobre um beberrão, né? Acontece que Truman Capote era bom de copo, viu? Ele era notório por suas boêmias e por dizer que a profissão de jornalista nada mais era do que uma longa caminhada entre drinks. É claro que ele bebia de tudo. Mas a bebida do coração era mesmo o drink Screwdriver. Uma bebida feita com vodca e suco de laranja e que ele chamava de “meu drinkzinho de laranja”.

Screwdriver em inglês significa chave de fenda. E é daí que vem o nome do drink. Bem original, né? Então, olha só a receitinha simples, simples do drink Screwdriver, o preferido do Truman Capote.

E se quiser outra bebidinha, recomendo ler mais sobre a Cerveja Amanteigada do Harry Potter!

E também, confere lá outros 5 drinks preferidos de 5 escritores!

Delícia de drink bem fresquinho pra um dia calorento.

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Até a próxima receitinha!

<3

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Cresci assistindo Star Wars. Sou de uma família de geeks que me influenciou desde pequena a assistir os episódios desta saga criada por George Lucas. Então, é claro, que sou uma apaixonada por Princesa Léia, Han Solo, Luke, Darth Vader e muitos outros. E quis muito viver uma aventura dentro da Millenium Falcon.

Você deve se lembrar que eu já fiz uma receitinha de Star Wars aqui. Estou falando dos Cookies. Clique aqui para ver a receita. 

Desta vez eu te trouxe ouuutra delicinha.

O Leite Azul ou Bantha Milk

A primeira aparição do leite acontece no Episódio IV – Uma Nova Esperança, o primeiro filme da franquia. Desde então, o leite azul apareceu diversas vezes no universo expandido de Star Wars.

Ah, se você assistiu recentemente o filme Rogue One, também viu o Leite Azul por lá, né?

Bom, fiz o vídeo com a receitinha. Uma receita com corante azul e uma versão alcoólica com Curaçau Blue.

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Olha o vídeo aí:

E aí, o que achou?

Se fizer, me conta como ficou?

Até a próxima receita!

<3

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Hoje é Halloween, ou Dias Bruxas, e para comemorar eu trouxe a receita de um Milk Shake de Cerveja Amanteigada de ninguém mais ninguém menos que Harry Potter né?

E não é só porque a Cerveja Amanteigada é uma delícia. Ou porque Harry Potter é um bruxo. É porque essa data é muito importante pra ele.

Se você já leu a saga deste bruxo querido, então deve se lembrar que seus pais são assassinados pelo bruxo das trevas Voldermort, certo? É dessa batalha que Harry ganha a famosa cicatriz na testa e que inicia uma vida de relação pra lá de complicada com… bem, Você Sabe Quem.

Só que tudo isso aconteceu no dia 31 de outubro de 1981. Quer dizer, em pleno Halloween.

Exatos dez anos depois, no primeiro Halloween em Hogwarts, Harry Potter luta com um troll feroz escondido no banheiro da escola. Ele enfrenta o monstro com ajuda de Rony e Hermione. Selando entre eles a amizade que percorrerá toda a história.

No segundo ano de Hogwarts, também na festa de Halloween, a Câmara Secreta é aberta. E bem, se você se recorda este é um fato muito importante para a relação entre Harry e Voldermort.

No terceiro ano, também na noite de Halloween, Sirius Black invade Hogwarts e todos ficam preocupadíssimos. Sendo uma noite de atenção e medo. Que, bem, como descobrimos depois, não era pra tanto, né. Porque Sirius era um cara bem legal e com uma relação importantíssima com Harry Potter. O negócio é que a gente fica meio apreensivo porque este caso mostrou que Hogwarts não era tão segura assim, né?

No quarto ano, também no Halloween, Harry Potter vê seu nome aparecer no Cálice de Fogo o chamando para participar do Torneio Tribuxo. Que tem consequências seríssimas para a trajetória do Potter e seus amigos.

Além disso, o livro todo conta com referências ao Halloween. Por exemplo, come-se abóbora o tempo todo. Sério. Se depender de Harry Potter você pode sobreviver só com abóboras.

Só que hoje eu não vou falar de abóboras. Vou falar de Cerveja Amanteigada.

De dar água na boca!

Quer saber sobre a polêmica envolvendo a Cerveja Amanteigada? Então clica aqui.

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Até a próxima receitinha!

<3

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No começo da minha adolescência eu vivi um período obscuro que envolvia camisetas de rock n’ roll, calças rasgadas, maratonas ininterruptas de “Arquivo X” e um apreço peculiar por escritores românticos e obscuros como Mary Shelley e Edgar Allan Poe. Foi nesta época que eu ganhei dos amigos da escola o apelido de ET – por motivos óbvios.

Foi uma infância feliz, como ficou claro.

A questão é que ainda hoje me sinto apegada a Edgar Allan Poe como se ele tivesse sido um ombro amigo numa fase conturbada da vida. Dia desses, visitando a casa da mãe, me deparei com o exemplar de “Histórias Extraordinárias” que, por tanto tempo, me acompanhou no colégio. Tive um sobressalto. Como assim ele ainda não tinha entrado aqui no blog?

Bom, chegou a hora de me redimir.

Edgar Allan Poe era um cara perturbado. Ainda muito jovem, ele ficou órfão da mãe, pouco tempo depois do pai abandoná-los. Em seguida, foi adotado por uma família que nunca incentivou muito as suas intenções literárias. Ele jogou tudo pro alto, foi embora, um beijo e passar bem, se casou com uma prima (Ela com 13 anos e ele com 27) e tentou viver a vida só com a escrita. O que, como você já deve imaginar, não foi uma boa ideia. (Dilema que nós jornalistas vivemos ainda hoje). e

Ele estudou na Universidade da Virgínia em 1826 e foi expulso naquele mesmo ano por causa da sua vida boêmia. E era uma vida pra lá de boêmia. Amigos diziam que não existia encontrar Poe sem que ele estivesse carregando para cima e para baixo uma garrafa de whisky.

Mas a sua bebida favorita era mesmo a Gemada (só porque nela ia whisky). A família adotiva do escritor fazia uma receita clássica de gemada que passou de geração para geração e, claro, para a nossa sorte, chegou aos dias de hoje.

Morreu aos 40 anos sem que ninguém, hoje em dia, ainda saiba a razão. Já falaram de raiva, de cólera, de suicídio, de alcoolismo, de depressão, de overdose, de sífilis e de diabete. Mas o que se sabe é que ele foi encontrado perambulando pelas ruas de Baltimore, totalmente desorientado, no dia 3 de outubro de 1849. Suas últimas palavras foram: Senhor, por favor, ajude a minha pobre alma.

E já que estamos aqui, papeando sobre Poe, quero indicar um seriado. Estou completamente viciada em “The Following“. Uma série com os tesudos Kevin Bacon e James Purefoy. Pensa num serial-killer, um escritor, que decide matar as pessoas inspirado em contos de Edgar Allan Poe e ainda escrever um livro sobre a peripécia?

Olha o trailer da série abaixo:

Nível: Apenas 1 Machado 

Dá pra entender porque a bebida era a favorita de Poe.

Você pode servir gelada ou quente. Vale experimentar para ver como você prefere! 

(Eu prefiro gelada rs)

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Este licor de leite deu o que falar. Quer dizer, pelo menos aqui em casa.

Esta foi a segunda receita que fiz para o blog. Quando comecei a colocar em prática a ideia de aprender a cozinhar inspirada em meus escritores preferidos, duas receitas vieram na cabeça. A Cocada da Capitu e do Bentinho e o Licor de Leite de Carlos Drummond de Andrade.

O problema é que fazer um licor é simples, mas requer paciência. Afinal, ele demora dez dias para ficar pronto. Bom, o fato é que fiz o licor, deixei ele num canto e… Acabei esquecendo. A garrafa ficou largada num canto da casa, solitária, por meses.

E então decidi fazer a receita novamente, só que desta vez num domingo qualquer na casa do namorado. Mas aí o mesmo aconteceu. Esqueci a garrafa na casa dele e o tempo foi passando, passando e passando… Estragou.

Portanto, esta é a terceira vez que tentei fazer o licor e, finalmente, deu certo. Programei o alarme do celular para me avisar que já tinham passados dez dias e era hora de coar a bebida.

E, ainda bem, o licor ficou uma delícia.

A trilogia “Boitempo” é repleta de poemas que são considerados um testemunho autobiográfico do autor. No poema “O licoreiro“, Carlos Drummond de Andrade relembra a infância ao olhar o licoreiro vazio, onde antes ficava o tradicional licor de leite da família.

Este poema me lembra muito uma frase de Lygia Fagundes Telles. Ela diz “A memória tem um olfato memorável. Minha infância é inteira feita de cheiros”.

Veja um trecho do poema abaixo:

"O licoreiro, vejo-o
delicioso em si, mesmo vazio
à espera do licor, de tal maneira
na forma trabalhada
habita o gosto perfumado
e em cada prisma-luz se distribui
ao paladar da vista já gozando"

A obra “Boitempo”, publicada em três volumes, foi lançada em 1968, 1973 e 1979. “O Licoreiro” aparece no primeiro volume “Boitempo I – (In) Memória”.

A crítica não gostou muito da obra na época porque alegou que o autor deixou de lado o seu experimentalismo para fazer algo bem tradicional. Mas, é claro que esta opinião mudou e hoje a trilogia é uma obra importantíssima de Carlos Drummond de Andrade.

O escritor sempre optou por uma obra memorialista. Como é o caso do conto “O Sorvete” que já apareceu por aqui. Lembra?

Nível: Apenas 1 Machado

 Depois de ler o poema é impossível não beber o licor e sentir um gostinho de saudade de não se sabe o quê.

Uma dica: se você quer um licor tipo Amarula, basta incluir 50g de chocolate ao leite aos ingredientes. 

A pinga conserva o licor, o que faz com que este dure por bastante tempo.

O post Receita de licor de leite de Carlos Drummond de Andrade apareceu primeiro em Capitu vem para o jantar.

Quem acompanha o Capitu pelas redes sociais, viu que na última sexta-feira eu vivi uma experiência pra lá de deliciosa.

O Colégio Rainha da Paz, em Alto de Pinheiros, em São Paulo me convidou para fazer as Balas de Caramelo do livro A Fantástica Fábrica de Chocolate para uma turminha de 20 alunos da primeira série. Motivo? A galera está lendo a obra de Roald Dahl. 

Em troca, a surpresa: Os pequenos Willy Wonka me ensinaram a fazer um chocolate quente delicioso e me deram balas de gelatina de dar água na boca. E é claro que vou dividir a receita com vocês <3

Confesso que fiquei mega nervosa com o convite. Afinal, cozinhar em casa e sozinha é uma coisa. Cozinhar para 20 crianças é outra completamente diferente. Até porque, como eu contei na receita da Bala de Caramelo, quando a fiz, enfrentei a fúria da calda quente derramada no meu fogão. Lembra? Se não, clique aqui. E só para provar que a coisa foi realmente desastrosa, te mostro a foto:

Tudo porque fiz a bala numa panela baixa. O caramelo ferveu e se espalhou todo no fogão. Ou seja, tive que repetir a receita com uma panela maior, esta aí da foto. Portanto, fica a dica: Não arrisque fazer esta bala numa panela baixa, combinado?

Para evitar que eu passasse este mico na escola, eu decidi fazer a receita um dia antes e levar a bala pronta. No maior estilo programa de culinária, sabe? Levar o passo a passo pronto? E, para a minha sorte, a bala saiu perfeita.

Passado o apuros de fazer a bala, agora eu precisava lidar com o nervosismo de conhecer esta turminha. Será que eles iam gostar da bala? Será que tudo ia dar certo? Será que eles iam curtir a experiência? Então, lá foi eu com minha panela debaixo do braço e os ingredientes dentro da bolsa.

E foi lindo! Fiquei muito feliz com o convite. Foi uma experiência e tanto! Todos fofos e simpáticos fizeram me sentir na cozinha de casa. Conversamos sobre a obra e eles me encheram de perguntas lindas. Por que comecei a cozinha? Qual foi a minha receita preferida? Qual a receita feita com chocolate que eu mais gostei? Depois ainda me levaram para conhecer a Fábrica de Chocolate que eles montaram para brincar enquanto leem o livro:

Não vou me estender muito sobre a bala de caramelo porque já ensinei a receita aqui. Elas ficaram meio molengas, porque, como já disse, eu as levei prontas e até chegar ao colégio, no sol, dentro do carro, elas deram uma derretida. Mas ao sair da geladeira, ou jogar num mármore, as balas ficam bem duras para cortar em quadradinhos.

Agora, vamos ao incrível chocolate quente?

Imaginem como eu reagi quando me deparei com esta mesa incrível já posta:

Quer dizer, já dá para babar só nas canecas, né? Espera só você fazer esta gostosura aí na sua casa. Mas, antes, quero falar um pouco sobre o chocolate quente na obra de Roald Dahl.

Não é demais quando Charlie visita a Fantástica Fábrica de Chocolate e descobre que o grandioso rio marrom que corre dentro da fábrica é feito de chocolate quente? Willy Wonka diz: “Tem chocolate suficiente para encher todas as banheiras do país inteiro! E todas as piscinas, também! Não é extraordinário? Dêem uma olhada nos canos! Eles sugam o chocolate e o transportam para todas as outras salas da fábrica aonde ele é necessário! Milhões de galões por hora, minhas caras crianças! Milhões e milhões de galões!”.

Quem nunca leu este trecho e ficou com água na boca? Morrendo de vontade de tomar um belo chocolate quente? Então olha só esta receita incrível:

Nível: Apenas 1 Machado

Ingredientes

– 2 barras de chocolate ao leite de 170g (Aquelas barras que compramos no mercado)
– 1 lata de creme de leite
– 1 copo de leite integral
– 1 colher sopa de chocolate em pó

Passo a Passo

O primeiro passo é dividir uma barra ao meio. Com uma metade, você rala o chocolate. E a outra você derrete em banho-maria ou no microondas.

Ao derreter, é só virar a caneca em cima do chocolate derretido, para que ele grude na borda. Em seguida, vire a caneca no chocolate ralado. Isso para que a caneca fique igual a das fotos.

Leve a outra barra de chocolate ao fogo e derreta em banho-maria. Quando estiver derretido, acrescente o creme de leite e misture até ficar na consistência de ganache.

Para montar o chocolate é simples: Coloque uma colher do ganache no fundo da caneca, cubra com o leite fervido e finalize com uma colher de chocolate em pó em cima.

 A bala de gelatina

Quando tudo parecia estar perfeito demais. Esta galerinha me surpreende com um presente. Uma caixinha cheia de balas de gelatina e a receitinha dentro. Não dá pra resistir, né?

A bala de gelatina não aparece no livro, mas é difícil de imaginar que uma fábrica como a do Willy Wonka não venderia as famosas balas de gelatina que marcou a infância de dezenas de gerações, não é?

Ingredientes

– 3 gelatinas de sabor
– 1 gelatina incolor
– 1/3 de um copo com água

Passo a Passo

Em uma panela, coloque todos os ingredientes. Leve ao fogo para derreter a gelatina e misture bem.

Despeje a mistura em forminhas de balas e espere uma hora para desenformar.

Não é super simples? Já disse e repito. Se soubesse que fazer estas guloseimas era tão fácil, eu tinha economizado bastante durante a infância.

 Adorei a experiência, adorei conhecer esta turminha do 1ºC (Pena que não saiu todo mundo na foto). Obrigada, galerinha! Foi uma sexta-feira muito especial!

Obrigada também para a Andréia, Anelize, Maria Claudia e Vanessa pelo bate papo. As professoras me contaram que sempre acompanham o Capitu e, por isso, me convidaram. E que convite!

 E parabéns para o Colégio Rainha da Paz por esta iniciativa linda de deixar o universo da literatura, que já é mágico, ainda mais delicioso para os pequenos. 

<3

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Nível:

Que tal uma receita de chocolate quente para aquelas tardes chuvosas? E tem como dizer não a uma bebida que é feita de chocolate derretido e que ainda é a preferida do Johnny Depp no filme “Chocolate”?

A decisão de fazer um blog para aprender a cozinhar ainda me espanta. Não é que eu não goste da ideia, mas sim porque eu a amo cada vez mais. Mas, é preciso admitir que dá um trabalho e tanto pesquisar receitas nos livros, cozinhar, errar e cozinhar de novo só para tirar foto. (Sim, isso já aconteceu algumas vezes, mas não vou dizer quantas porque ainda tenho uma integridade a zelar).

E então lá fui eu ler o livro “Chocolate” da escritora Joanne Harris. Só tinha visto o filme e, graças a este blog, decidi ler o livro. E não me arrependi. Baita livro gostoso de ler! <3

Ainda terminei a obra com um estoque e tanto de receitas para publicar por aqui. Mas, hoje é o dia do chocolate quente!

O chocolate quente

A pequena e religiosa cidade francesa Lansquenet-sous-Tannes precisa lidar com a chegada da forasteira Vianne, que decide abrir uma chocalateria em plena quaresma. Graças a isso, ela começa uma guerra contra o padre da igreja local que julga sua influência como pecaminosa para os moradores de bem.

A situação piora quando um grupo de ciganos chega na cidade. O padre faz uma campanha para que as pessoas que possuem estabelecimentos públicos coloquem na porta um cartaz amarelo com a proibição da entrada deles. Vianne é a única a quebrar esta “regra” e acaba fazendo amizade com o cigano Roux.

Se você viu o filme, com certeza se lembra daquele mistério-lenga-lenga em que Vianne (interpretada por Juliette Binoche) tenta descobrir o chocolate preferido do cigano Roux. O personagem, interpretado pelo tesudo do Johnny Depp, prova todos os chocolates da loja para, apenas no fim, admitir que o seu preferido é o bom e velho chocolate quente. No livro não há esta brincadeira, mas a bebida é um dos produtos que mais sai na loja de Vianne.

Por isso, decidi que a receita valia entrar aqui (Com ou sem Johnny Depp).

Como são muitas as passagens cujo protagonista é este líquido dos deuses, escolhi apenas um trecho, quando o cigano Roux visita a loja pela primeira vez:

Ele relaxou um pouco e bebeu mais chocolate.
Pela primeira vez pareceu registrar o quanto era gostoso
e deu-me um sorriso de súbita e peculiar doçura.

Curiosidades

Há algum tempo escrevi uma reportagem para a Revista da Cultura (Você pode ler aqui) sobre como é possível entender determinado contexto histórico através das comidas citadas pelos escritores em suas obras. Para a ocasião, eu bati um papo muito interessante com o Enrique Renteria, primeiro tradutor do livro “A fisiologia do gosto”, de Brillat-Savarin, para o português. O livro de Brillat-Savarin é uma bíblia da gastronomia que descreve os alimentos e os hábitos alimentares da França em meados do século 18.

Na obra, há um capítulo inteiro dedicado ao chocolate. Renteria me explicou que o chocolate naquela época só existia no formato líquido e que o chocolate sólido só foi inventado no final do século 19 por um holandês chamado Van Houten. E então corri ao meu exemplar do “Fisiologia do gosto” e achei um trecho interessante que tem muito a ver com este post.

As damas espanholas do Novo Mundo amam o chocolate à loucura,
a ponto de que não contentes em tomar várias vezes por dia o 
fazem trazer até a igreja. 
Essa sensualidade já lhes atraiu diversas vezes a censura 
dos bispos, mas eles acabaram por fechar os olhos, 
e o reverendo padre Escobar, cuja metafísica era tão sutil 
quanto sua moral acomodadiça, declarou formalmente que o chocolate
com água não interrompia o jejum, esticando assim, a favor das 
suas penitentes, o antigo adágio: 
"Liquidum non frangit jejunium".

Ingredientes

– 170g de chocolate ao leite
– 1 lata de creme de leite
– 1 vez a medida da latinha de creme de leite com leite integral

Passo a Passo

Derreta os 170g de chocolate em banho-maria e em seguida acrescente o creme de leite (sem o soro) e mexa até ficar homogêneo.

Tire do banho-maria, coloque a medida de leite integral e leve ao fogo.

Deixe ferver e está pronto!

Receita muito simples de fazer e bem gostosa. O creme de leite dá uma quebrada no doce. Fica ótimo! 
Depois você deixa um pedaço de chocolate derreter lá dentro. Delícia!

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