As Madeleines de Proust

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Ao molhar uma Madeleine numa xícara de chá e levá-la até a boca, Proust se deixou levar pelas memórias da infância. Saiba mais sobre as Madeleines de Proust.

Você com certeza já viveu aquela experiência um tanto sobrenatural de entrar num elevador, sentir o cheiro do perfume de um amor do passado e ser transportado para um emaranhado de memórias de outrora. Isso me lembra uma citação de Lygia Fagundes Telles: “O olfato tem uma memória memorável”.

Este gatilho provocado pelo olfato foi chamado de “Memórias Involuntárias” por Marcel Proust.

Contudo, não é só de cheiros que se fazem lembranças. Sentir aquele gosto especial do doce da avó, aquele pastel que você comia na porta da escola, aquela sobremesa que alguém fez especialmente para você… O gosto também nos leva numa viagem no tempo.

E é por isso que hoje vou falar sobre as Madeleines de Proust.

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Aprenda a fazer o Tiramisu de O Filho da Noiva

Tiramisu do filme "O Filho da Noiva"

Neste filme lindo, pai e filho discutem a verdadeira receita do Tiramisu. Aprenda a fazer esta delícia!

Esta receita não é novidade. Afinal, creio que todo mundo que já viu e se encantou com o filme “O Filho da Noiva” também morreu de vontade de provar o tiramisu. 

Mas o tiramisu tem um quê a mais para mim. Ele representa um doce cheio de sentimento. Primeiramente, não é um doce para qualquer um. Meu irmão, por exemplo, odeia. Ele acha que não tem graça um doce feito com queijo. Já para mim, o doce representa o melhor das sobremesas. 

E, como eu disse, cheio de sentimento. Minha avó costumava fazer este doce aqui em casa. Quando viajei para a Itália era a única sobremesa que eu pedia. E também tem o fato de “O Filho da Noiva” ser um dos meus filmes preferidos e eu simplesmente amar Buenos Aires.

Portanto, é óbvio que esta receitinha tinha que dar as caras por aqui, né?

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Ovos de Chocolate e O Coelhinho Que Não Era de Páscoa

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Receitas de Livros | 1 de abril de 2015 | By

Em O Coelhinho Que Não Era de Páscoa, de Ruth Rocha, Vivinho não tem interesse em entregar ovos de chocolate durante a Páscoa. Ele quer mesmo é cozinhar os doces! 

Já falei por aqui sobre a tal biblioteca da minha mãe que me levou até o blog, né? Estantes cheias de livros coloridos, pequenos, grandes, com capas duras, páginas amareladas, de autores nacionais, internacionais, mortos, muito vivos e etc.

Mas não sou apenas eu a apaixonada por esta coleção incrível que minha mãe reuniu em anos. A Maria Victória, minha prima de 5 anos, também é louca pelas estantes. Não houve uma só vez em que ela tenha nos visitado para ir embora sem revirar as estantes.

Ela olha, olha, olha, reflete e olha mais um pouco. Enfim, escolhe um livro pela capa. Sempre caio na risada quando ela trás um livro do tipo “Ulysses”, toda sorridente e diz: “Lê pra mim?”

Quase sempre, optamos por procurar algo mais leve e ela vai embora feliz da vida com um novo livro debaixo dos braços. Vejo a pequena partir com um livro que me fez companhia durante a infância e fico mais do que feliz de passá-lo pra frente. Agora ele que ajude Maria Victória a criar boas memórias literárias. 

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Receita de Torta de Limão da Sylvia Plath

Torta de Limão

Receitas de Livros | 26 de março de 2015 | By

A Torta de Limão era um dos doces preferidos de Sylvia Plath. A escritora frequentemente citava esta receita em seus diários.

Eu lido frequentemente com bloqueios criativos. Esta coisa de trabalhar com palavras pode ser bem complicada às vezes. Tem dias que a escrita flui que é uma beleza, uma palavra se juntando a outra, formando frases incríveis que até me surpreendo que foi eu mesma quem escreveu. 

Tem outras vezes que a coisa é tensa, difícil, dolorida e quando o texto está pronto, não me agrada. Olhar para a página em branco do Word pode ser um tormento e tanto.

O negócio é que quando isto acontece, geralmente, eu largo tudo o que estou fazendo, escolho um filme e permito me desligar do trabalho por alguns instantes. Acho que todo mundo tem uma destas estratégias escapistas para buscar a criatividade. Arturo Bandini, um dos meus personagens preferidos, criado por John Fante, descrevia a paisagem que via pela janela e, quando percebia, a descrição já havia se tornado parte importante da trama que ele montava no papel.

Segundo os diários, Sylvia Plath corria para cozinha quando enfrentava um bloqueio criativo. E a receita que ela preferia fazer era a Torta de Limão com Merengue.

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O drink preferido de Truman Capote

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Receitas de Livros | 17 de março de 2015 | By

Truman Capote era beberão dos bons. O drink preferido do autor de “A Sangue Frio era o Screwdriver, um drink de vodca com suco de laranja.

Meu primeiro contato com Truman Capote aconteceu na faculdade. Bom, era evidente que durante o curso de jornalismo eu fosse instruída a ler o livro “A Sangue Frio”, uma reportagem pra lá de eletrizante escrita em formato de romance por este tal de Capote.

Nos cursos de comunicação, a obra é frequentemente citada em aulas sobre gonzo jornalismo que, bem resumidamente, é um tipo de jornalismo em que o repórter se coloca no texto como personagem, vivenciando a história e a narra com tom literário.

Bom, deu-se que me apaixonei mesmo por este cara meio carrancudo chamado Capote. Ainda mais depois que descobri que foi ele quem escreveu a história que inspirou o filme “Bonequinha de Luxo“, protagonizado por Audrey Hepburn. (Livro, aliás, que eu só li online porque não consigo achar o bendito nas livrarias).

Truman Capote gostava de bebericar o seu Screwdriver enquanto pensava na vida, discutia com amigos ou escrevia suas grandes obras.

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Como fazer arroz-doce do Jorge Amado

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Receitas de Livros | 10 de março de 2015 | By

O arroz-doce aparece em diversas obras de Jorge Amado. Fiz a receita presente no livro “A Comida Baiana de Jorge Amado” e em “Dona Flor e Seus Dois Maridos“. E o melhor? Sem leite condensado!

Esta ideia de aprender a cozinhar com meus escritores preferidos anda rendendo bons bocados. Primeiramente porque, é claro, estou aprendendo a cozinhar enquanto me divirto capturando alguma receita nas páginas da obra.

E em segundo lugar, porque as pessoas ao meu redor acabam incentivando a empreitada com ideias, receitinhas, dicas e, às vezes, presentinhos. Foi o que aconteceu no último Natal. Sabendo do blog, uma tia me presenteou com o livro “A Comida Baiana de Jorge Amado”, de Paloma Jorge Amado, ninguém mais, ninguém menos que a filha do escritor.

A obra foi relançada pela Editora Panelinha e traz receitas de comidinhas escondidas nas obras de Jorge Amado. É um livro delícia para quem, assim como eu, adora esta simbiose entre gastronomia e literatura.

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