Prestes a completar 30 anos, Julie Powell está em crise sobre a vida profissional. Não sabe muito bem o que quer para o futuro. Tudo muda quando ela viaja para a casa da mãe e se depara com o livro “Mastering the Art of French Cooking”, de Julia Child, uma das maiores apresentadoras de culinária da TV americana. Julie decide cozinhar, no prazo de um ano, todas as 524 receitas do livro de Child. Para isso, ela faz um blog para contar suas aventuras. (Lembra um blog que você já conhece, não? rs).

Um belo dia ela recebe uma ligação de um repórter. A ideia dele é que Julie faça o famoso Boeuf Bourguignon de Julia para Judith Jones, a mulher que reconheceu o talento de Julia Child e decidiu publicar o seu livro de receitas. Como é uma receita complicada, que precisa ficar cerca de quatro horas no forno, Julie começa a fazer o prato às 21h30 do dia anterior da visita de Judith. Ela decide tomar alguns drinks enquanto espera e colocar o relógio para despertar 1h30. No entanto, Julie cai em sono profundo e acaba dormindo a noite inteira. Resultado? O guisado do jantar mais importante da vida dela estava destruído.

Julie decide não ir trabalhar e preparar o segundo Boeuf Bourguignon – que fica perfeito e pronto às 17h, duas horas antes do jantar. Ela se anima para começar a se arrumar, mas o jornalista liga dizendo que Judith terá que cancelar o jantar por causa do tempo. Está chovendo demais, Judith já tem 90 anos, sabe como é. Julie fica desolada, é claro, mas acaba convidando o jornalista para jantar mesmo assim. “Tem muita comida”, ela diz.

Já no filme “Julie & Julia”, no momento em que Julie descobre que Judith não virá mais para o jantar, ela diz para o marido Eric que pode comer o guisado. Os dois têm uma briga horrível sobre como Julie só se importa com este blog sem dar atenção para outras coisas.

 Curiosidades

A receita do Boeuf Bourguignon foi a primeira feita por Julia Child em seu programa de TV The French Chef. Trata-se de um clássico da culinária francesa. A decisão de cozinhar este prato para a sogra surgiu, justamente, por causa do blog de Julie Powell. A aventura de Julie em cozinhar para Judith, uma grande crítica de culinária. E a minha aventura de cozinhar para a Fátima, uma cozinheira de mão cheia e que, além de tudo, é sogra.

A história de Julie Powell é real e você pode acompanhar o seu projeto no blog dela. A ideia deu tão certo que virou o livro best-seller “Julie & Julia”. No entanto, um pouco antes de morrer, em 2004, Julia Child comentou o projeto de Julie: “Como ela pode dizer que esta receita não funciona? Levamos anos testando”.

Em 2009, o projeto virou filme estrelado por Meryl Streep, que fez Julia Child, e Amy Adams, que interpretou Julie Powell. O longa foi dirigido por Nora Ephron, diretora conhecida por seus clássicos filmes de mulherzinha e que faleceu em junho de 2012.

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Boeuf Bourguignon

Ingredientes

Para a maridada
1 kg de músculo ou alcatra (em pedaços de três centímetros)
1 litro de vinho tinto
temperos a gosto: tomilho, salsa, louro
Para o Boeuf Bourguignon
2 cenouras grandes picadas
2 xícaras de cogumelo paris fresco
10 cebolas pérolas
4 dentes de alho
100g de bacon em cubos
1/2 litro de água
sal e pimenta a gosto
azeite a gosto
cheiro verde
4 colheres de farinha de trigo
100g de manteiga

Modo de Preparo

Deixe a carne na marinada por 12 horas ou de um dia para o outro. Em uma panela, sele cada pedacinho da carne deixando-as douradinhas e reserve. Na mesma panela, depois de dourar toda a carne, junte o azeite, o alho e o bacon e refogue. Acrescente as carnes. As cenouras. Os tomates e as cebolas. Coloque o líquido da marinada e mais 1/2 litro de água. Tempere com sal e pimenta a gosto. E cozinhe por duas horas. Prepare o que Julia Child chama de uma mistura típica francesa de manteiga e farinha. Passado esse tempo, misture 100g de manteiga para 4 colheres de farinha. Amasse até ficar uma pastinha. Acrescente a mistura na panela. Mexa bastante até dissolver. Junte o cogumelo paris e o cheiro verde. Cozinhe por cinco minutos e sirva com massa ou arroz.

Eu servi a receita apenas com arroz, mas Julia Child sugere servir com salada verde, pão francês e batatas assadas. O guisado fica excelente. Uma das receitas que eu acertei em cheio.

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Foi meu irmão Henrique quem me deu a dica. Há alguns meses ele disse que Harry Potter estava prestes a completar 34 anos e disse: Por que você não faz um bolo de aniversário do Harry Potter? Eu gostei da ideia e logo pensei no bolo que Hagrid faz para Potter quando este completa 11 anos. Coloquei um recadinho no meu celular para que um alarme me avisasse cinco dias antes da data. Assim, eu poderia me preparar com calma, ver alguns vídeos na internet para aprender a fazer glacê, talvez rever o filme, buscar o trecho no livro e… Bom, é claro que não foi assim que aconteceu.

Como contei no post anterior, a semana passada foi conturbada. Lembro que o celular despertou com o recado e na correria do dia-a-dia, apenas cancelei o alarme. E, claro, como previsto, eu esqueci completamente da minha missão culinária. Foi só na segunda-feira à noite, já deitada na cama para dormir, que tive um flash de consciência e lembrei que teria apenas dois dias para encontrar um tempo na semana para fazer esta receita. (Isso porque eu costumo fazer as receitinhas do blog durante o final de semana).

Porém, admito. O problema não era o bolo. Já fiz tantos bolos de chocolate por aqui que, acho que posso dizer, já estou craque (Tá, ok, não tão craaaque assim). O problema mesmo era fazer um glacê verde e escrever em cima do bolo com a mesma letra do Hagrid. Meu pai e meu irmão são artistas plásticos, supõe-se que eu nasceria com certo dom ou, no mínimo, coordenação motora. Não foi o caso. Sou um zero à esquerda quando se fala em trabalhos manuais e é por isso que, às vezes, minhas receitas não saem assim tão bonitinhas. Só para você ter uma ideia como o negócio é grave: Ao tirar minha carta de motorista, eu fui reprovada no psicotécnico por não conseguir fazer aqueles benditos exercícios de coordenação motora. Então, pensou no drama?

Por incrível que pareça, no entanto, deu tudo certo. Até eu me surpreendi quando o bolo ficou justamente como eu queria. Mas, é claro que tive ajuda, né? Te conto mais adiante.

Este bolo aparece no primeiro livro escrito por J. K. Rowling. Em “Harry Potter e a Pedra Filosofal” descobrimos que Harry é um garoto conhecido no mundo dos bruxos como “o menino que sobreviveu”. Isto porque, quando bebê, ele e a família sofreram um ataque de Lord Voldemort, o bruxo mais poderoso do mundo. Os pais de Harry, Lílian e Thiago Potter, não sobrevivem ao ataque e o bebê, inexplicavelmente, sai ileso apenas com uma cicatriz na testa.

A partir daí, Harry é criado por seus tios trouxas, termo usado para aqueles que não são bruxos. Até os 11 anos de idade, o menino não faz ideia de sua história de vida ou o que o futuro lhe reserva. Tudo muda ao receber diversas cartas o convidando para a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.

É no dia de seu aniversário que ele recebe a visita de Hagrid, guarda-caças de Hogwarts, que conta a Harry que ele é um bruxo com vaga na escola de magia.

De um bolso interno do casaco preto ele tirou uma caixa meio amassada. 
Harry abiu-a com os dedos trêmulos. 
Dentro haia um grande e pegajoso bolo de chocolate com a frase 
Feliz Aniversário escrita em glacê verde.
Harry olhou para o gigante. Quis dizer obrigado, mas as palavras 
se perderam a caminho da boca, e em lugar disso o que disse foi:
- Quem é você?
O gigante deu um risada abafada.
- É verdade, não me apresentei. 
Rúbeo Hagrid, Guardião das Chaves e das Terras de Hogwarts.

Depois de terminar a série de livros, bate aquela curiosidade sobre o resto da história. O que será que Harry está fazendo neste aniversário? Pensando nisso, a escritora J.K. Rowling decidiu escrever um conto sanando esta dúvida. Foi publicado no dia 8 de julho, em plena Copa do Mundo, no site da escritora Pottermore e foi o maior sucesso. Trata-se de uma reportagem escrita pela jornalista Rita Skeeter com o título: “A Armada de Dumbledore se reúne na Copa do Mundo de Quadribol”.

No artigo, descobrimos como os personagens principais da história estão depois do terrível combate com Lord Voldemort.

O site Geekness fez a caridade de traduzir o conto. Leia na íntegra aqui.

Bolo de Chocolate

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Quando li “Peter Pan” pela primeira vez, provavelmente eu era muito pequena. Porém, me lembro claramente da ideia que o livro propõe de que toda criança tem uma Terra do Nunca na cabeça. Por exemplo, a Terra do Nunca de John tinha um lago com flamingos a sobrevoá-los. Já a de Michael tinha lagos sobrevoando flamingos. A de Wendy tinha casa de folhas costuradas umas nas outras. E a minha? Bom, a minha Terra do Nunca devia ser uma bagunça, cheia de meias penduradas pelos móveis, livros jogados nos chão, bruxas escondidas debaixo da cama, mas muitas e muitas comidinhas gostosas.  Hoje vou te ensinar como fazer um Pudim de Chocolate para Peter Pan! Uma sobremesa que é descrita pelo escritor J.M. Barrie como a preferida das crianças.

Peter Pan foi criado por James Matthew Barrie, ou J.M.Barrie, em 1902. O escritor escreveu uma peça de teatro sobre um menino que nunca cresceu inspirado no irmão, David, que morreu quando tinha apenas 13 anos quando patinava no gelo. A mãe do escritor nunca superou esta perda e sempre disse que a única coisa que lhe deixava mais tranquila é que o filho seria um garotinho para sempre. Esta história inspirou J.M.Barrie a escrever o conto sobre o menino que nunca cresceu.

Releia o livro enquanto come um pedação deste pudim delícia, que tal?

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Toda vez que planejo uma viagem, procuro visitar cenários de livros ou casas de escritores.

Me sinto muito mais próxima do escritor e é uma experiência que todo louco por livro deve viver alguma vez na vida.

Por isso, trouxe dez casas de escritores para você programar a sua próxima viagem.

Virginia Woolf

A escritora Virginia Woolf  viveu com o marido, Leonard Woolf, numa casa do século 18 em Rodmell, uma pequena vila no distrito de Sussex, na Inglaterra.

Nesta casa, o casal recebeu grandes nomes da literatura como T. S. Elliot e E. M. Forster.

Foi aqui que Virginia cometeu o suicídio em março de 1941, se afogando no rio Ouse, que passa bem perto da residência.

Leonardo, viúvo, viveu na casa até sua morte em 1969.

Em 1972, a casa foi vendida para a Universidade de Sussex e em 1980 foi aberta ao público.

O bacana é que você pode visitar a sala principal, a sala de jantar, cozinha e o quarto de Virginia que estão exatamente iguais como ela os deixou.

O ingresso custa 5,80 libras para adultos e 3 libras para crianças.

Saiba mais no site. 

Victor Hugo

No casarão construído em 1605 na Place des Vosges, a praça planejada mais antiga de Paris, viveu Victor Hugo entre 1832 e 1848.

Ele se mudou aos 30 anos com a esposa Adele para um apartamento no segundo andar.

Foi neste apartamento que ele começou a esboçar o romance “Os Miseráveis”, embora o tenha publicado apenas em 1862.

O casarão virou museu apenas no início do século 20 e foi reconstruído através de pinturas e descrições em cartas. 

Porém, o busto de Victor Hugo feito por Rodin, alguns móveis, a escrivaninha e a pena são originais.

A casa virou um museu que convida o visitante a conhecer mais sobre sua vida e suas obras.

Por lá você vai encontrar rascunhos e desenhos feitos pelo próprio Victor Hugo.

Outra coisa interessante é que a cama exposta no apartamento é a cama onde o escritor faleceu em 1885 por causa de uma pneumonia aos 83 anos.

Os ingressos custam 5 euros. 

Saiba mais no site. 

Agatha Christie

Agatha Christie morou no condado de Devon, na Inglaterra, durante quase toda a vida.

A casa de veraneio da família, conhecida como Greenway, foi aberta ao público em 2005 depois de receber uma restauração de quase 20 milhões de libras.

A casa abriga muitos objetos pessoais da escritora, como a biblioteca, a escrivaninha e a cozinha.

Já falei por aqui que Agatha Christie era uma exímia cozinheira e adorava pensar nas histórias enquanto cozinhava. Inclusive, já fiz uma receita preferida dela. Os scones! Clique aqui para ver a receita.

Quem visita Greenway e gosta de cozinhar, vai ficar encantado com a coleção de porcelana que a escritora mantinha com todo cuidado. 

Os ingressos custam 10,90 libras para adultos e 5,45 para crianças.

Saiba mais no site.

Tolstoi

Yasnaya Polyana foi a casa onde Leo Tolstoy nasceu, viveu e onde foi enterrado aos 82 anos, em 1910.

Foi nesta casa que ele escreveu “Guerra e Paz” e “Anna Karenina”.

Está localizada a 200 quilômetros de Moscou, na Rússia.

A casa foi transformada em museu em 1921 e conta ainda com objetos pessoais, móveis e a biblioteca pessoal do escritor com mais de 22 mil títulos. 

O curioso é que Tolstoi escreveu “Guerra e Paz” entre 1962 e 1969 e “Anna Karenina” entre 1873 e 1877. Ele escreveu os livros à mão e durante a noite, sua esposa é quem passava os rascunhos a limpo.

Alguns destes rascunhos estão expostos no museu.

O museu fecha às segundas-feiras.

Os ingressos custam 50 rubles para adultos ou 30 rubles para crianças.

Saiba mais no site.

Pablo Neruda

Pablo Neruda tinha três casas no Chile.

As três residências foram transformadas em museus e o curioso é que todas elas possuem arquitetura que imita o formato de um barco.

La Chascona, em Santiago, é a mais visitada por ser também a sede da Fundação Pablo Neruda.

Foi construída em homenagem a Matilde, sua última esposa, chamada por ele de descabelada (la chascona, em espanhol).

A casa foi construída em 1953 e exibe hoje em dia objetos pessoais, rascunhos de poemas e coleções do escritor.

As visitas acontecem de terça-feira a domingo das 10h às 19h.

Os ingressos custam 5 mil pesos.

Saiba mais no site.

Fernando Pessoa

Quando estive em Lisboa, não consegui visitar a casa porque estava em reforma. Ficou para a próxima vez. (Que espero que venha logo! rs).

A casa fica na Rua Coelho da Rocha, 16. É uma casa bem bonita, com a fachada toda pintada com trechos dos poemas de Fernando Pessoa.

Já que estive por lá, dou a minha dica: Aproveite que o taxi em Lisboa REALMENTE vale a pena. Isto porque a casa tem acesso difícil.

Não passa ônibus perto e o metrô mais próximo está a quase meia hora de caminhada.

A casa representa o lugar onde Fernando Pessoa viveu os últimos 15 anos de vida. Virou um museu e, hoje em dia, podemos acompanhar a trajetória da carreira do escritor com objetos pessoais, rascunhos, livros e até a máquina de escrever xodó dele.

O bacana é que por lá rolam várias oficinas de escrita e contação de história para crianças, o que pode ser um passeio bem legal se você viaja com pequenos.

Os ingressos custam 3 euros.

Saiba mais no site.

Miguel de Cervantes

A casa-museu Miguel de Cervantes fica em Valladolid, na Espanha.

O curioso é que o escritor viveu nesta casa apenas por três anos.

Como coletor de impostos, ele acompanhava a corte espanhola e durante o tempo que a corte ficou naquela cidade, entre 1601 e 1606, Cervantes foi obrigado a alugar esta casa.

A casa só virou museu em 1916 e é claro que, a esta altura, já não tinha sobrado muita coisa (ou quase nada) que realmente havia pertencido a Cervantes.

Então, trata-se de um cenário reconstruído a partir de menções em cartas e diários do escritor.

Mesmo assim, vale a experiência de visitar a residência, que continua com a mesma arquitetura e divisão interna.

Vale dizer que quando Cervantes viveu nesta casa, o seu livro “Dom Quixote” já estava pronto e prestes a ser lançado, em 16 de janeiro de 1605.

Os ingressos custam 3 euros.

Saiba mais no site. 

Cora Coralina

Cora Coralina passou toda a vida nesta casinha ao lado da ponte do Rio Vermelho, na cidade de Goiás.

Quem gosta desta mistura entre literatura e gastronomia, precisa fazer uma visita por lá.

Isto porque o passeio começa, justamente, pela cozinha da poetisa. Com seus tachos de cobres expostos e até algumas receitas.

Para quem não sabe, Cora era famosa por fazer incríveis doces cristalizados e era ali, no quintal da casa, que ela plantava suas frutinhas.

Também é possível visitar o quarto da escritora e checar seus vestidos até hoje pendurados no armário.

Por lá há um acervo com mais dez mil rascunhos, poemas e cartas.

Vale dizer que a casa é protagonista de um dos livros mais famosos de Cora, o “Estórias da Casa Velha da Ponte”.

Dá pra fazer uma visita virtual pelo site. 

Freud

Se você quer conhecer os lugares frequentados por Freud, então deve comprar duas passagens. Uma para Londres, na Inglaterra e outra para Viena, na Áustria. 

Isto porque Freud viveu durante 78 anos em Viena, antes de se refugiar em Londres, depois que Viena foi invadida pelos nazistas.

Na capital austríaca, você pode visitar o consultório dele, na Rua Berggasse, 19.

Por ali dá para conferir o acervo virtual com mais de 11 mil cartas escritas por ele.

Só tem um porém, o famoso divã não pode ser encontrado no consultório, pois está em Londres, na casa onde ele viveu até morrer de câncer, aos 83 anos. 

O museu na capital inglesa conta com os móveis da casa onde o psicanalista viveu na Áustria e a coleção de antiguidades egípcias, gregas e romanas que ele guardava.

Para visitar o escritório, em Viena, você paga 9 euros e pode saber mais no site.  

Para visitar a casa, em Londres, você paga 7 euros e pode saber mais no site. 

Guimarães Rosa

A casa-museu Guimarães Rosa é onde o escritor mineiro morou até os 9 anos de idade, em Cordisburgo. 

O estabelecimento reúne acervo de fotos, livros, xilogravuras, rascunhos e outros objetos pessoais.

Há por ali a famosa coleção de gravatas borboletas e a espada, bainha e diploma da Academia Brasileira de Letras.

Você também vai gostar de ver a máquina de escrever onde ele escreveu “Grande Sertão Veredas” e “Sagarana”.

A entrada é gratuita.

Saiba mais na página.

Escolha a casa do seu escritor preferido, faça o roteiro e boa viagem!

Depois me conta como foi esta aventura!

O post 10 casas de escritores que você pode visitar apareceu primeiro em Capitu vem para o jantar.

Toda vez que planejo uma viagem, procuro visitar cenários de livros ou casas de escritores.

Me sinto muito mais próxima do escritor e é uma experiência que todo louco por livro deve viver alguma vez na vida.

Por isso, trouxe dez casas de escritores para você programar a sua próxima viagem.

Virginia Woolf

A escritora Virginia Woolf  viveu com o marido, Leonard Woolf, numa casa do século 18 em Rodmell, uma pequena vila no distrito de Sussex, na Inglaterra.

Nesta casa, o casal recebeu grandes nomes da literatura como T. S. Elliot e E. M. Forster.

Foi aqui que Virginia cometeu o suicídio em março de 1941, se afogando no rio Ouse, que passa bem perto da residência.

Leonardo, viúvo, viveu na casa até sua morte em 1969.

Em 1972, a casa foi vendida para a Universidade de Sussex e em 1980 foi aberta ao público.

O bacana é que você pode visitar a sala principal, a sala de jantar, cozinha e o quarto de Virginia que estão exatamente iguais como ela os deixou.

O ingresso custa 5,80 libras para adultos e 3 libras para crianças.

Saiba mais no site. 

Victor Hugo

No casarão construído em 1605 na Place des Vosges, a praça planejada mais antiga de Paris, viveu Victor Hugo entre 1832 e 1848.

Ele se mudou aos 30 anos com a esposa Adele para um apartamento no segundo andar.

Foi neste apartamento que ele começou a esboçar o romance “Os Miseráveis”, embora o tenha publicado apenas em 1862.

O casarão virou museu apenas no início do século 20 e foi reconstruído através de pinturas e descrições em cartas. 

Porém, o busto de Victor Hugo feito por Rodin, alguns móveis, a escrivaninha e a pena são originais.

A casa virou um museu que convida o visitante a conhecer mais sobre sua vida e suas obras.

Por lá você vai encontrar rascunhos e desenhos feitos pelo próprio Victor Hugo.

Outra coisa interessante é que a cama exposta no apartamento é a cama onde o escritor faleceu em 1885 por causa de uma pneumonia aos 83 anos.

Os ingressos custam 5 euros. 

Saiba mais no site. 

Agatha Christie

Agatha Christie morou no condado de Devon, na Inglaterra, durante quase toda a vida.

A casa de veraneio da família, conhecida como Greenway, foi aberta ao público em 2005 depois de receber uma restauração de quase 20 milhões de libras.

A casa abriga muitos objetos pessoais da escritora, como a biblioteca, a escrivaninha e a cozinha.

Já falei por aqui que Agatha Christie era uma exímia cozinheira e adorava pensar nas histórias enquanto cozinhava. Inclusive, já fiz uma receita preferida dela. Os scones! Clique aqui para ver a receita.

Quem visita Greenway e gosta de cozinhar, vai ficar encantado com a coleção de porcelana que a escritora mantinha com todo cuidado. 

Os ingressos custam 10,90 libras para adultos e 5,45 para crianças.

Saiba mais no site.

Tolstoi

Yasnaya Polyana foi a casa onde Leo Tolstoy nasceu, viveu e onde foi enterrado aos 82 anos, em 1910.

Foi nesta casa que ele escreveu “Guerra e Paz” e “Anna Karenina”.

Está localizada a 200 quilômetros de Moscou, na Rússia.

A casa foi transformada em museu em 1921 e conta ainda com objetos pessoais, móveis e a biblioteca pessoal do escritor com mais de 22 mil títulos. 

O curioso é que Tolstoi escreveu “Guerra e Paz” entre 1962 e 1969 e “Anna Karenina” entre 1873 e 1877. Ele escreveu os livros à mão e durante a noite, sua esposa é quem passava os rascunhos a limpo.

Alguns destes rascunhos estão expostos no museu.

O museu fecha às segundas-feiras.

Os ingressos custam 50 rubles para adultos ou 30 rubles para crianças.

Saiba mais no site.

Pablo Neruda

Pablo Neruda tinha três casas no Chile.

As três residências foram transformadas em museus e o curioso é que todas elas possuem arquitetura que imita o formato de um barco.

La Chascona, em Santiago, é a mais visitada por ser também a sede da Fundação Pablo Neruda.

Foi construída em homenagem a Matilde, sua última esposa, chamada por ele de descabelada (la chascona, em espanhol).

A casa foi construída em 1953 e exibe hoje em dia objetos pessoais, rascunhos de poemas e coleções do escritor.

As visitas acontecem de terça-feira a domingo das 10h às 19h.

Os ingressos custam 5 mil pesos.

Saiba mais no site.

Fernando Pessoa

Quando estive em Lisboa, não consegui visitar a casa porque estava em reforma. Ficou para a próxima vez. (Que espero que venha logo! rs).

A casa fica na Rua Coelho da Rocha, 16. É uma casa bem bonita, com a fachada toda pintada com trechos dos poemas de Fernando Pessoa.

Já que estive por lá, dou a minha dica: Aproveite que o taxi em Lisboa REALMENTE vale a pena. Isto porque a casa tem acesso difícil.

Não passa ônibus perto e o metrô mais próximo está a quase meia hora de caminhada.

A casa representa o lugar onde Fernando Pessoa viveu os últimos 15 anos de vida. Virou um museu e, hoje em dia, podemos acompanhar a trajetória da carreira do escritor com objetos pessoais, rascunhos, livros e até a máquina de escrever xodó dele.

O bacana é que por lá rolam várias oficinas de escrita e contação de história para crianças, o que pode ser um passeio bem legal se você viaja com pequenos.

Os ingressos custam 3 euros.

Saiba mais no site.

Miguel de Cervantes

A casa-museu Miguel de Cervantes fica em Valladolid, na Espanha.

O curioso é que o escritor viveu nesta casa apenas por três anos.

Como coletor de impostos, ele acompanhava a corte espanhola e durante o tempo que a corte ficou naquela cidade, entre 1601 e 1606, Cervantes foi obrigado a alugar esta casa.

A casa só virou museu em 1916 e é claro que, a esta altura, já não tinha sobrado muita coisa (ou quase nada) que realmente havia pertencido a Cervantes.

Então, trata-se de um cenário reconstruído a partir de menções em cartas e diários do escritor.

Mesmo assim, vale a experiência de visitar a residência, que continua com a mesma arquitetura e divisão interna.

Vale dizer que quando Cervantes viveu nesta casa, o seu livro “Dom Quixote” já estava pronto e prestes a ser lançado, em 16 de janeiro de 1605.

Os ingressos custam 3 euros.

Saiba mais no site. 

Cora Coralina

Cora Coralina passou toda a vida nesta casinha ao lado da ponte do Rio Vermelho, na cidade de Goiás.

Quem gosta desta mistura entre literatura e gastronomia, precisa fazer uma visita por lá.

Isto porque o passeio começa, justamente, pela cozinha da poetisa. Com seus tachos de cobres expostos e até algumas receitas.

Para quem não sabe, Cora era famosa por fazer incríveis doces cristalizados e era ali, no quintal da casa, que ela plantava suas frutinhas.

Também é possível visitar o quarto da escritora e checar seus vestidos até hoje pendurados no armário.

Por lá há um acervo com mais dez mil rascunhos, poemas e cartas.

Vale dizer que a casa é protagonista de um dos livros mais famosos de Cora, o “Estórias da Casa Velha da Ponte”.

Dá pra fazer uma visita virtual pelo site. 

Freud

Se você quer conhecer os lugares frequentados por Freud, então deve comprar duas passagens. Uma para Londres, na Inglaterra e outra para Viena, na Áustria. 

Isto porque Freud viveu durante 78 anos em Viena, antes de se refugiar em Londres, depois que Viena foi invadida pelos nazistas.

Na capital austríaca, você pode visitar o consultório dele, na Rua Berggasse, 19.

Por ali dá para conferir o acervo virtual com mais de 11 mil cartas escritas por ele.

Só tem um porém, o famoso divã não pode ser encontrado no consultório, pois está em Londres, na casa onde ele viveu até morrer de câncer, aos 83 anos. 

O museu na capital inglesa conta com os móveis da casa onde o psicanalista viveu na Áustria e a coleção de antiguidades egípcias, gregas e romanas que ele guardava.

Para visitar o escritório, em Viena, você paga 9 euros e pode saber mais no site.  

Para visitar a casa, em Londres, você paga 7 euros e pode saber mais no site. 

Guimarães Rosa

A casa-museu Guimarães Rosa é onde o escritor mineiro morou até os 9 anos de idade, em Cordisburgo. 

O estabelecimento reúne acervo de fotos, livros, xilogravuras, rascunhos e outros objetos pessoais.

Há por ali a famosa coleção de gravatas borboletas e a espada, bainha e diploma da Academia Brasileira de Letras.

Você também vai gostar de ver a máquina de escrever onde ele escreveu “Grande Sertão Veredas” e “Sagarana”.

A entrada é gratuita.

Saiba mais na página.

Escolha a casa do seu escritor preferido, faça o roteiro e boa viagem!

Depois me conta como foi esta aventura!

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Primeiramente, devo desculpas. Este sumiço todo, que horror! 

Mas juro que tenho duas explicações. A primeira é que estive enfrentando uma guerra contra o meu publicador. Decidi mudar tudo e pelei pra aprender a mexer. Sabecomoé, bem-vinda, dona modernidade!

A segunda explicação é que a vida deu uma rodopiada por aqui bem das complicadinhas. Mas, já diria o poeta, a vida não é a festa que tínhamos imaginado, mas já que estamos aqui, dancemos. 

No nosso caso, cozinhemos, certo?

Então vamos lá!

Minha prima deve ser provavelmente a única pessoa do planeta que nunca tinha lido ou visto os filmes da saga Harry Potter. Para resolver esta heresia, emprestei o “Harry Potter e a Pedra Filosofal”. 

Ela chegou em casa empolgadíssima neste final de semana. “Você se lembra do Sorvete de Limão de Alvo Dumbledore?“, perguntou.

Não, eu não lembrava.

Ela abriu o livro e me mostrou a passagem. Lá estava ele, o sorvete de limão, escondidinho no início do livro.

E, deixa eu falar, que delícia de receita!

Ah, e você deve saber que em 2016 chega aos cinemas o filme “Animais Fantásticos e Onde Habitam“, baseado no livro de J.K Rowling e protagonizado por Eddie Redmayne.

Trata-se de uma história que acontece 70 anos antes dos causos vividos por Harry Potter.

Porém, a novidade quentinha é que alguns personagens da saga do bruxo vão aparecer no filme. E eu posso apostar que Alvo Dumbledore dará as caras por lá.

O que você acha?

O sorvete de limão de Alvo Dumbledore aparece nas primeiras páginas de “Harry Potter e a Pedra Filosofal”.

O diretor de Hogwarts e a professora Minerva estão em frente a casa dos Dursleys, momentos depois de Lord Voldermort ter falhado na missão de matar o bebê Harry Potter. 

Ambos estão esperando Hagrid trazer o bebê agora órfão para a casa dos tios e conversam sobre os últimos acontecimentos envolvendo os Potters e Você-Sabe-Quem. 

Durante a conversa, Dumbledore oferece para Minerva o sorvete de limão. 

De esguelha, lançou um olhar atento a Dumbledore, como se esperasse que ele dissesse alguma coisa, mas ele continuou calado, por isso ela recomeçou:

— Ia ser uma graça se, no próprio dia em que Você-Sabe-Quem parece ter finalmente 
ido embora, os trouxas descobrissem a nossa existência. Suponho que ele realmente tenha ido embora, não é, Dumbledore?

— Parece que não há dúvida. Temos muito o que agradecer. Aceita um sorvete de limão?

— Um o quê?

— Um sorvete de limão. É uma espécie de doce dos trouxas de que sempre gostei muito.

— Não, obrigada — disse a Professora Minerva com frieza, como se não achasse que o momento pedia sorvetes de limão.

Acho uma afronta Minerva não ter aceitado. Porque, olha, o sorvete é uma delícia e acho que você deveria fazer em casa.

 Esta é uma receita bem simples de sorvete de limão que você pode fazer já!

Depois me conta como ficou, combinado?

<3

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No último final de semana tive a oportunidade de falar sobre o blog e sobre a relação de diversos escritores com a comida para um grupo muito bacana lá na Fundação Ema Klabin.

E, dentre muitos escritores, falei um pouco sobre Eça de Queirós.

Sou suspeita porque gosto muito de Eça. E acho que ele é sempre um ótimo exemplo quando o assunto é literatura e gastronomia. 

Afinal, estamos falando de um cara que descreve as comidas em suas obras de uma forma que… olha, impossível não sentir água na boca.

Vocês se lembram do Bacalhau e da Sopa Dourada que já fiz por aqui?

Bom, hoje é a vez da Queijadinha. E que queijadinha, amigos!

O livro “Os Maias” foi lançado em Porto, Portugal, em 1888. Porém a história acontece em Lisboa em meados do século 19.

A obra se debruça na história das três gerações da família Maia e, principalmente, na relação incestuosa entre os irmãos Carlos e Maria Eduarda.

O bacana é que o livro “Os Maias” pode muito bem ser usado como um guia turístico de Lisboa.

Quando fui a Portugal dois anos atrás fiquei impressionada de saber que a Casa Havaneza, uma loja de charutos citada algumas vezes na obra, ainda existe!

A queijadinha, esta delícia portuguesa para se comer rezando, é citada duas vezes ao longo do livro.

No primeiro momento, o músico Cruges, em meio a um passeio para Sintra, lembra-se que tem que levar Queijadinhas para a mãe.

Devo dizer que conheci Sintra e há diversas barraquinhas de rua pela cidade que vendem Queijadinhas. Faça um favor a sua viagem e coma esta queijadinha. Por mim! Combinado?

Tem inclusive um passeio bem legal pela Fábrica das Verdadeiras Queijadas que é citada no livro. 

Num segundo momento, o mais divertido, João da Ega, amigo e confidente de Carlos, se encontra pela primeira vez com Maria Eduarda e se sente extremamente intimidado.

Sem saber como agir, o que falar, o que fazer, ele derruba o emburlho de queijadinhas que está levando embaixo do braço.

As queijadinhas se espalham pelo tapete e os dois caem na risada, encerrando o momento de constrangimento entre as personagens.

 Faça as queijadinhas e sirva elas ainda quentes.

Quer dar uma incrementada? Coloque pedacinhos de goiabada na massa antes de assar.

O doce vai ficar cremoso e uma delícia!

Bom apetite!

<3

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Primeiramente quero me desculpar pela ausência.

Me envolvi em vários trabalhos nas últimas duas semanas e quase nem entrei na cozinha. Acabei me rendendo a uma coisa que jurei que não ia fazer mais (pelo menos não com a frequência de antigamente): ir ao encontro de congelados e comida delivery. 

Contudo, neste último final de semana coloquei minhas pendências em dia. Agora posso voltar a cuidar do blog. Ufa!

E para coroar este retorno, o Boeuf en Daube delicioso do livro “Ao Farol“, de Virginia Woolf. 

Sempre me encantei por Virginia Woolf e seus textos incríveis que convidam o leitor a entrar na mente dos personagens e acompanhar os pensamentos deles conforme a trama se desenrola.

Depois que comecei este projeto, passei a pesquisar meus escritores preferidos com o viés gastronômico e encontrei informações curiosíssimas sobre Virginia Woolf.

Ela gostava muito de comer bem. Contudo, escrevia frequentemente em seus diários e cartas que achava a comida culpada por suas crises de depressão. Por isso, ao menor sinal que a depressão se aproximava, ela parava de comer, ficando completamente em jejum.

Algo que era, obviamente, um erro. Os médicos alertavam sobre o perigo de parar de comer, pois isto ocasionava justamente o oposto, piorava as crises.

Mas, para Virginia, o fato de ficar sem comer a fazia ter controle do próprio corpo, como se fosse uma última tentativa de lutar contra a depressão.

Quando as crises iam embora, muitos bolos e chocolate – seu alimento preferido. Em seu diário, exatamente vinte dias antes de cometer o suicídio, ela escreveu sobre o jantar que estava cozinhando. Para o menu, bacalhau e linguiças.

O Boeuf en Daube aparece no livro “Ao Farol”, num conturbado jantar em família.

É provável que a escritora adorasse este prato quando não estava doente e decidiu transportá-lo para o livro. Vale dizer que de todas as suas obras, “Ao Farol” é o seu livro mais autobiográfico.

 O Boeuf en Daube é um nome bonito para guisado de carne.

Tem muito do sabor do Boeuf Bourguignon que já fiz por aqui. A diferença é que um é feito no fogo e o outro no forno. 

Eu servi com talharim e foi uma ótima pedida. Ficou delicioso!

Espero que goste!!

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Desde pequena luto contra a balança. Depois que fiz quinze anos, perdi controle total do meu corpo e comecei uma guerra contra as calorias. (E elas estão sempre ganhando).

Graças a isso, me acostumei a ouvir comentários irônicos em relação ao que como. “Está sempre de dieta e não deixa o sorvete de chocolate de lado”. Imagina só quando decidi fazer um blog que fala, justamente, sobre comida?

A verdade é que nos últimos meses comecei a cuidar um pouco mais da alimentação e me movimentar mais. Não tanto pelo estético, mais pela saúde. Meus exames estavam todinhos alterados. Para você ter uma ideia, meu pai de 70 anos estava com o exames melhores do que os meus. 

Cortei os doces e refrigerantes no meio da semana e diminuí drasticamente os cigarros. (Este vício maldito!) e já vi diferença. Agora subo dois lances de escada sem desejar a morte. Yes!

O caso é que nunca quis ser uma Miss Sunshine, mas é muito bom se olhar no espelho e estar satisfeita com o que vê. Seja você magro, gordo, careca ou cabeludo. 

E, por isso, me identifiquei muito quando vi “A Pequena Miss Sunshine”.

Como não to nem aí com a integridade que eu deveria zelar, esta aí em cima sou eu. Minha mãe nunca inventou de me colocar em concursos de beleza (Ela sabia que seria uma batalha perdida), mas sempre me incentivou a ser quem eu era. 

A receita de hoje é uma homenagem a este filme lindo, lindo. Aprenda a fazer o Sorvete de Chocolate da Olive.

“A Pequena Miss Sunshine” é um filme lançado em 2006. O bacana é que é uma obra feita por roteiristas e diretores iniciantes e, mesmo assim, foi um sucesso e levou vários prêmios, incluindo o Oscar de Melhor Roteiro Original e Melhor Ator Coadjuvante para Alan Arkin.

Caso você não conheça, conta a história de uma família pra lá de excêntrica que enfrenta diversos problemas. Um belo dia eles recebem a notícia que a caçula, a pequena Olive, vivida por Abigail Breslin, foi classificada no concurso de beleza “A Pequena Miss Sunshine”.

Todos entram numa aventura dirigindo até a Califórnia numa Kombi cheia de problemas mecânicos.

O avô de Olive, interpretado por Alan Arkin, é um grande incentivador da carreira da neta e ensaia todos os dias a coreografia que ela vai apresentar no concurso.

Greg Kinnear interpreta Richard, o pai de família que vende um programa de auto-ajuda. A mãe é vivida por Toni Collette e faz a típica dona de casa que apaga os incêndios da família.

Paul Dano é Dwayne, o filho mais velho revoltado que quer ser um piloto da Força Aérea e faz um voto de silêncio até conseguir concretizar o sonho. (Este personagem é demais!)

E o sexto integrante da família é vivido por Steve Carell. Trata-se do tio gay suicida professor de literatura especialista em Proust. (O que rende citações ótimas do escritor ao longo do filme!).

Pronto, tai a receita para uma comédia de humor negro imperdível. 

Em determinada cena, a família para na estrada para tomar café. Na ocasião, a pequena Olive pede sorvete de chocolate e é repreendida pelo pai. Segundo ele, sorvete tem muita gordura e não é o que ela quer, já que pretende ser modelo.

Assista a cena (em inglês) abaixo:

 A receita do sorvete é bem simples e uma ajuda e tanto para aqueles momentos loucos de vontade de comer doce.

Dá pra fazer antes de sair de casa para o trabalho, daí quando você voltar, haverá um lindo sorvete de chocolate te esperando no freezer.

Não sei você, mas acho isso muito reconfortante.

Aproveite para rever “A Pequena Miss Sunshine”. Com certeza é um daqueles para assistir várias vezes. 

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SPOILER ALERT: Se você ainda não assistiu a terceira temporada de Orange is The New Black, aconselho não continuar a leitura. Clique aqui e se divirta com outras receitas do blog, combinado?

Ah, Netflix e a capacidade de nos fazer renegar toda e qualquer chance de curtir a vida ao ar livre. Depois que disponibilizaram a terceira temporada de Orange is The New Black, terminei todos os treze episódios em uma semana. 

Na terceira temporada, Litchfield está com novos administradores. Muita coisa mudou por lá. O diretor Caputo está com a corda no pescoço (apesar de engatar um romance bi-zar-ro), novos guardas são contratados e os guardas antigos sofrem com a redução de horas na carga horária.  

Mas, o mais importante é que a cozinha sofreu uma reformulação e as presas agora recebem comida pronta, uma espécie de lavagem no-jen-ta! Tudo isso bem no momento crucial em que Red volta ao comando da cozinha.

Você já sabe que a Red é uma cozinheira de mão cheia, que se orgulha de ter comandado a cozinha por tantos anos e feito verdadeiros banquetes com o pouco recurso que tem, certo?

Na segunda temporada, Red perde o posto para Gloria Mendoza e acaba amargurando meses na horta da prisão. O que dá a ela bastante experiência para cultivar vegetais e frutas fresquinhas. Tudo isso enquanto começa um romance platônico com o chefe da segurança, Sam Realey.

É justamente Sam quem move os pauzinhos para que Red volte para a cozinha. À princípio, ela volta por baixo, com tarefas como lavar panelas e descascar batatas. Quando Gloria não aguenta a pressão e se demite, o bastão é passado novamente para a querida Red.

Bom, imagina o desespero quando, exatamente neste momento, a nova administração da cadeia envia sacos de comida pronta? Fato que rende cenas hilárias de Red percorrendo o refeitório e afirmando dezenas de vezes que “Não foi ela quem cozinhou aquilo!”. 

Para amenizar o desespero de comandar uma cozinha que agora só se dá ao trabalho de esquentar uma gororoba nem um pouco apetitosa, Red decide fazer um jantar para as presas.

Um jantar disputadíssimo, pois Red fará uma seleção minuciosa dos convidados, já que não dá pra cozinhar pra todo mundo, não é?

No menu? De entrada, uma sopa de milho. De prato principal, uma quiche de milho com alho poró e sálvia frita de enfeite.

Vai dizer que não te deu água na boca?

Então, vamos ao que interessa?

A quiche ficou deliciosa. Obrigada, Red, pelo jantar alcançado!

Em homenagem, deixo minha foto de presa que tirei numa exposição do Netflix esta semana.

Fã é fã, né, fazer o quê? 

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